segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Lesão = Desilusão



Depois de tanta espera, ansiedade e preparação...a desilusão.
Preparei-me para a meia maratona convicto de que estaria perfeitamente acessível o objectivo de baixar da 1h30.
O ritmo indicado de 4´20´´/km máximo para alcançar o objectivo, era já um ritmo adquirido, em segredo sabia que faria bem melhor.
Chegou o dia.

Domingo 14NOV2010;
Fui com o meu colega, amigo e mais recente aquisição de Os Carregueirenses, António Tavares.
Antes mesmo de alinhar-mos na partida tivemos o prazer de conhecer o ilustre sr Joaquim Adelino "Pára-que-não pára". Força amigo, é um exemplo para todos nós.
Por pura burrice e talvez excesso de confiança, em vez de efectuar um aquecimento específico de quem tenciona logo após a partida entrar num ritmo alto, fiquei-me pela conversa e permaneci junto do local de partida a dar conselhos ao Tavares. Quando dei conta...era tarde demais.
Pois, limitei-me a fazer o aquecimento muscular mínimo, como se esperasse aquecer durante a corrida.
Mal iniciei a prova juntei-me ao Luís Cipriano que me disse que tencionava rodar a cerca de 4´/km, ritmo que íamos naquele momento, segundo o seu Garmin. Ora, o ritmo pareceu-me acessível, pois sentia-me confortável a acompanha-lo.
Passamos a placa dos 3km's com 11´50´´, sentia-me bem, mesmo depois da célebre subida inicial.
Logo de seguida, descida para a marginal, algures durante a descida, entre aquele 3 para 4ºKm senti uma picada no gémeo da perna direita, o mesmo da lesão de à 2 anos.
Ainda tentei durante 2 km forçar um pouco, na esperança de que a dor, como que por magia desaparecesse.
Mas não, aumentava, e eu, coxeava.
Dureza que é dureza seria suposto aguentar em esforço, mas com cerca de 16 km para o fim, certamente iria por em risco o resto da época e com isso vários pontos para a equipa no Campeonato de Torres Vedras.
Apercebi-me que o objectivo estava já fora de questão, então encostei à berma, onde efectuei diversos alongamentos específicos, na esperança de pelo menos recuperar até a passagem do meu amigo Tavares e assim tentar acompanha-lo. Infelizmente, passados cerca de 2´, quando o vi aproximar-se tentei de novo a corrida. Não, era mau demais, não dava mesmo, era já uma dor aguda. Parou!
Se ao parar uma dor muscular não passar...está o "caldo entornado", sim, era verdade, tudo por água abaixo, não dava para aguentar, muito menos forçar.
Foi o resto do dia de ontem "a gelo"...e hoje também.
Quem me conhece sabe e mais que ninguém os meus filhos sabem que para eu chegar a casa e dizer "desisti"...é porque algo correu MESMO muito mal.
Nunca se desiste, NUNCA, digo-o vezes sem conta, felizmente sempre acrescentei um "excepto em caso de lesão/má-disposição", caso contrário que belo exemplo seria...
Ao consultar a lista de classificações verifiquei que o Cipriano cumpriu o percurso em 1h28´24´´, aumentando assim a minha angustia, pois, suponho que manteve o tal ritmo, ou até veio um pouco mais lento do que o ritmo que seguíamos de inicio, o que me leva a acreditar que o meu tempo seria bastante perto do seu. Reparei que o Nuno Sebastião também ficou a poucos segundos dele, parabéns a ambos e um forte abraço para os dois.

Parabéns também ao Tavares que na sua primeira meia maratona conseguiu obter um excelente tempo de 1h32´54´´. Parabéns amigo!

Bem, para mim foi uma desilusão, daquelas que não me recordo de sentir à muitos anos.
Estive tão perto, estava na minha mão...
Agora, enquanto aqui escrevo, faço mais uma sessão de gelo na perna, é o meu prémio por ser burro ;).
Espero recuperar para dia 28-Cross de Torres Vedras, já sem ambições ou grandes objectivos, apenas a pensar na equipa e no desafio-pelo-desafio.
Dureza??? BAH!!!




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